domingo, 2 de novembro de 2014

FEIRA ONTEM - I

Fala mal mas fala sem fim

Figura querida na cidade, Norberto Rodrigues (foto) tinha afeição por microfone e por falar em público. Discursava nas passeatas reivindicatórias, mesmo quando as manifestações  nada tinham a  ver com os ideais do dedicado evangélico que atuava no ramo imobiliário.
Candidato a vereador no pleito de 1976, Norberto não admitia ficar fora da lista de oradores, mesmo se acontecesse mais de um comício no dia. No afunilamento da campanha, em Rua Nova, Norberto em total desavença com a gramática disse ao organizador  da lista de oradores: “Adilson, é eu que falo agora!”. Diplomaticamente o advogado e professor Clovis Lima, também candidato corrigiu o correligionário: “Norberto, é eu não. Sou eu quem fala!”. Norberto pipocou:
- O que é isso, Clóvis?! Você vai falar de novo?!” 

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