Fala mal mas fala sem fim
Figura querida na cidade, Norberto Rodrigues (foto) tinha afeição
por microfone e por falar em público. Discursava nas passeatas
reivindicatórias, mesmo quando as manifestações nada tinham a
ver com os ideais do dedicado evangélico que atuava no ramo imobiliário.
Candidato a vereador no pleito de
1976, Norberto não admitia ficar fora da lista de oradores, mesmo se
acontecesse mais de um comício no dia. No afunilamento da campanha, em Rua Nova, Norberto em total desavença com a gramática disse ao organizador da lista de oradores: “Adilson, é eu que falo agora!”. Diplomaticamente
o advogado e professor Clovis Lima, também candidato corrigiu o correligionário:
“Norberto, é eu não. Sou eu quem fala!”.
Norberto pipocou:
- O que é isso, Clóvis?! Você vai falar de novo?!”
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