Autor: Fernando Brito
1 de janeiro de 2014
A amarga beleza do tempo que nos burila, desgastando, é ser
peneira.
Melhor, batel.
Aquelas cuias em que a água roda, roda, roda, leva a lama e a
poeira e deixa apenas as faíscas, luzentes, que antes de encantarem os homens
com seu valor tiveram valor por encantá-los.
Não há um ano que termina, nem outro que começa.
Há apenas a parada reflexiva, o tempo de olhar para o que
não olhamos nos outros dias, nas suas iguais vinte e quatro horas, nas suas
idênticas meia-noites.
Divido a minha, com vocês, meus parceiros de todos os dias.
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