Democrata "telefonou várias vezes" para Fernando Haddad (PT) na quarta-feira, depois da prisão de quatro servidores da gestão de Mauro Ricardo à frente da Secretaria de Finanças de São Paulo; segundo nota da coluna Painel, da Folha, "o prefeito de Salvador queria saber se a denúncia respingava em Mauro Ricardo"; os quatro ex-funcionários foram presos sob acusação de desviar mais de R$ 500 milhões dos cofres municipais de São Paulo por meio do abatimento irregular de dívidas de ISS]
1 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 12:06
Bahia 247
Apesar de não ter dado nenhuma declaração em público, o prefeito ACM Neto (DEM) está de cabelo em pé desde a última quarta-feira, quando veio à tona o esquema de corrupção na Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria de Finanças, da qual seu secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, foi titular até dezembro de 2012, na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab.
Nota da coluna Painel, da Folha, diz que ACM "telefonou várias vezes" para o prefeito Fernando Haddad (PT) na quarta-feira, depois da prisão de quatro servidores da gestão de Mauro Ricardo. Segundo a Folha, "o prefeito de Salvador queria saber se a denúncia respingava em Mauro Ricardo".
Os quatro ex-funcionários foram presos sob acusação de desviar mais de R$ 500 milhões dos cofres municipais de São Paulo por meio do abatimento irregular de dívidas de ISS – Imposto Sobre Serviço.
Mauro Ricardo enviou nota à imprensa logo após o escândalo vir à tona se declarando inocente e dizendo que desconhecia o suposto esquema.
O secretário 'importado' de São Paulo dá dor de cabeça a ACM Neto desde o início da gestão do democrata.
Três meses após ACM assumir a Prefeitura e decretar exigência de 'ficha limpa' para os servidores da sua gestão, veio a descoberta de que Mauro Ricardoresponde a processos na Justiça Federal em Brasília, no Amazonas e em Minas Gerais. Ele foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2001, e pela Justiça Federal, em 2005.
No processo mais grave, o secretário de ACM Neto responde pela época em que foi presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O MPF do Distrito Federal acusa o titular da Sefaz de "desvio milionário", de R$ 56,6 milhões, ao lado de outros gestores que ocuparam o cargo entre 2002 e 2007.
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