Oriundo de Fundo Perdido da Caixa Econômica Federal
Proteger e requalificar as lagoas urbanas da cidade,
transformando-as em parques municipais dotados de infra-estrutura urbanística,
como passeios públicos e áreas destinadas a prática de uma variedade de
modalidades esportivas e de lazer, é o objetivo do projeto que as secretarias
de Meio Ambiente, Planejamento e Gestão e Convênio apresentaram, nesta
quarta-feira, 26, ao prefeito José Ronaldo de Carvalho, que além de técnicos
destas pastas, também recebeu em seu Gabinete, no Paço Municipal Maria
Quitéria, a visita de geógrafos e pedagogos da Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS) e de representantes da Caixa Econômica Federal, parceiros da
iniciativa.
Orçado em cerca de R$ 10 milhões, o projeto de
requalificação do entorno do manancial hídrico da área urbana da cidade é
oriundo de Fundo Perdido da Caixa Econômica Federal (CEF), sendo que à
Prefeitura Municipal caberá a contrapartida de R$ 680 mil, que serão pagos na
forma de serviços prestados à implantação da infra-estrutura dos logradouros,
através das secretarias municipais correspondentes e os seus respectivos
maquinários disponibilizados na execução das obras.
Consta do projeto a utilização da tecnologia de satélite que
auxiliará na produção de imagens em tempo real que serão utilizadas por uma equipe
multidisciplinar apta a diagnosticar a ocupação do entorno e o estado de
conservação, bem como os impactos provocados pelas lagoas, no município. O
equipamento também permitirá a demarcação física das áreas de proteção destes
mananciais, e a implementação de ações para a requalificação e criação de áreas
de lazer. A iniciativa também prevê a regularização fundiária das áreas das
lagoas.
O secretário do Meio Ambiente, Roberto Tourinho, ao
explaná-lo para o prefeito José Ronaldo considerou este projeto “um novo marco
em Feira de Santana, no tocante a preservação das lagoas, pois ele está bem
fundamentado e estamos confiantes na sua aprovação pelo Governo Federal”,
disse.
Já para a geógrafa Sandra Medeiros, da Uefs, além de
proteger e demarcar os limites territoriais das lagoas, “ao mesmo tempo serão
criadas áreas de lazer que serão incorporadas às áreas urbanas, criando um
ambiente mais agradável, mais bonito e menos poluídos”, ponderou a cientista.
Histórico
Segunda maior cidade baiana, Feira de Santana conta no seu
meio urbano com duas bacias hidrográficas, os rios Pojuca e Subaé, e uma
sub-bacia formada pelo rio Jacuípe, compondo um meio ambiente com bastantes
riachos, rios e muitas lagoas. Dentre as mais degradadas pela ação da ocupação
humana, ao longo dos anos, a Lagoa do Prato Raso ganhará um projeto executivo
mais complexo, também envolvendo, como nos demais logradouros, a exemplo da
lagoa da Berreca, ações de educação ambiental voltadas à manutenção e a
valorização da área requalificada. (Jorge Magalhães)
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