Por Paulo Nogueira,
no blog Diário do Centro do Mundo:
Aécio Neves é um cara de sorte.
Quer dizer, sorte sob o ângulo do tratamento que recebe da
mídia.
Ele soube cultivá-la, é certo. Roberto Civita, por exemplo,
não raro ia passar finais de semana na fazenda de Aécio, em Minas.
Pulitzer, o maior editor, disse que jornalista não tem
amigo.
Isso porque amizades influenciam a maneira de um jornalista
tratar alguém ou algum assunto.
Mas Aécio tem amigos entre os jornalistas. Ou melhor: entre
os patrões dos jornalistas.
Como Churchill, ou como Serra, se quisermos ficar no Brasil,
é daqueles que falam diretamente com os donos das empresas jornalísticas.
Pode evitar intermediários, os jornalistas propriamente
ditos.
Poderosos desta natureza enfeitiçam os jornalistas das
grandes companhias. Se telefonam, eventualmente, para um jornalista, em vez de
ir direto ao patrão, o jornalista se sente desvanecido, homenageado, premiado.
Sou importante.
O jornalista premiado vai contar detalhes do telefonema a
seu círculo de amizades, provavelmente com algum enfeite que o coloque numa
posição mais elevada que a realidade.
Bem, tudo isso para explicar, a quem não conseguiu entender,
por que Aécio vem sendo tão poupado no caso do helicóptero dos Perrellas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário