quinta-feira, 25 de julho de 2013

A IGREJA É FEITA DE PESSOAS. E ALGUMAS NOS DECEPCIONAM.

Por MC Zanini
Eu cresci católica e fui bastante atuante na infância e na adolescência. Na missa das crianças, aos domingos às 10h da manhã, geralmente tocava a mim a primeira leitura ou a animação da missa, além de eu fazer parte do coro para lá de informal. Ainda me lembro com carinho da algumas canções. Aos 12 anos, cheguei a coordenar a novena no meu bairro quando minha mãe ficou doente e não pôde mais arcar com essa responsabilidade. Hoje fico imaginando o que passava pela cabeça de todas aquelas senhoras de 50 anos ou mais, lideradas por uma menina que sabia todo o roteiro da novena de cor. : )
Eu deixei a religião para trás e abracei o ateísmo aos 18 anos, mas nunca deixei de guardar respeito pelos crentes (no sentido amplo da palavra).
Não sinto falta do medo, da ameaça do inferno, da culpa do pecado, do obscurantismo, da ignorância, da intolerância, do preconceito, da hipocrisia e do húbris. Quando me lembro das pérolas que a catequista da minha cidade soltava, fico arrepiada.
O que me atraía na igreja era o rito, a solenidade, a iluminação suave do templo, os ecos nas paredes da nave, a sensação de paz, as imagens mais variadas de Cristo, na dor ou na alegria, e as mensagens de amor fraternal. Adorava a poesia da eucaristia, a ideia do sacrifício de corpo e sangue, simbolizados na hóstia e no vinho.
É dessas coisas que sinto falta, mas principalmente do rito.

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