O editorial da Folha deste domingo, ‘Mitos das Redes Sociais’, exercita o malabarismo dissimulatório típico de um poder declinante, que pretende estender sua vida útil cerceando o curso da história.
No caso, trata-se de desqualificar ‘a forma de jornalismo’ praticado nas redes sociais - “mais sujeita a falhas do que as já frequentes no jornalismo profissional”, diz o texto, que justifica: “Informações se divulgam sem comprovação, quase sempre embaladas nas estridentes convicções, autênticas mas parciais, de seu emitente”.
É forçoso lembrar.
Um: o que se transcreve é um trecho editorial do veículo que se notabilizou, em 2009, por dar veracidade a uma ordinária falsificação de documento da polícia política da ditadura, de modo a prejudicar a então pré-candidata, Dilma Rousseff.
Dois: a Folha até hoje, repita-se, até hoje, não assumiu o erro grosseiro de manipulação.
Três: não foi um ponto fora da curva.
Tampouco representou um divisor, a partir do qual o jornal imbuiu-se de maior isenção e rigor na veiculação dos fatos.
Para não abusar da redundância, confira-se, nesta página de Carta Maior, a ‘falha’ da casa Frias na seleção e manipulação de indicadores de uma pesquisa eleitoral recente, de modo a desidratar Dilma e poupar Alckmin.
Estamos diante de uma norma.
CARTA MAIOR
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