segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"JOSÉ SERRA SEMEOU A BELIGERÂNCA QUE MARCA ESTE DEZEMBRO"

por Marcos Coimbra,
no Correio Braziliense
O que estará acontecendo com o velho “espírito cordial brasileiro”? Onde andará nossa proverbial capacidade de encontrar o entendimento, mesmo em meio às diferenças de opinião?
Está certo que o tal “espírito”, nas palavras de Sérgio Buarque de Holanda — que trouxe o conceito de “homem cordial” para o centro da discussão sobre a cultura brasileira —, não é algo, necessariamente, positivo.
Ele não usava a expressão, apenas, como sinônimo de afável, amável, sincero. Em sua obra mais importante, Raízes do Brasil, “cordial” tinha o sentido etimológico e descrevia uma cultura regida “pelo coração” ao invés da razão, em que a subjetividade impede a predominância dos valores objetivos, e em que a ética privada — da amizade e da compreensão — submete a ética pública. Continue lendo

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