quinta-feira, 1 de julho de 2010

HOJE É DIA DE ÍNDIO (OU: O GOOGLE SAIU NO LUCRO)

Em Ricardo Noblat

Hoje é dia de índio (Ou: O Google saiu no lucro)


Quando Gustavo Krause foi nomeado ministro da Fazenda pelo então presidente Itamar Franco, a VEJA saiu com uma reportagem de capa onde perguntava? "Gustavo o quê?"
Krause era deputado federal do PFL de Pernambuco. E havia sido governador do Estado durante pouco mais de seis meses.
Esperava-se a indicação de um nome conhecido para o mais importante ministério do governo. Um nome com ampla circulação nos meios econômicos e financeiros do país.
O de Serra havia sido sugerido a Itamar por Lula. Itamar conversou com Serra duas vezes e depois comentou com Fernando Henrique Cardoso: "Ele é muito bom, mas para meu lugar".
No caso da escolha do deputado Índio da Costa (DEM-RJ) para vice de Serra, caberia perguntar como fez a VEJA: "Índio o quê?"
Ex-vereador, deputado federal pela primeira vez, eleito com pouco mais de 90 mil votos, Índio da Costa tem 39 anos. Fora do Rio, poucos o conhecem.
Recentemente, ganhou espaço na mídia como um dos relatores do projeto Ficha Limpa.
Parece ser um bom rapaz. Mas isso é pouco.
Ninguém vota em vice, é verdade. E ninguém deixa de votar em ninguém por causa do vice.
Mas para quem como Serra enfrentará sérias dificuldades para se eleger presidente, um vice que lhe agregasse qualquer coisa seria sempre bemvindo.
Michel Temer agregou a Dilma Rousseff o apoio do PMDB e seu precioso tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
O dono da Natura, a maior empresa brasileira na área de cosméticos, agregou a Marina Silva como vice a simpatia de alguns dos seus pares e - o mais importante - dinheiro para pagar despesas de campanha.
E Índio?
Até aqui, foi o Google quem saiu lucrando com a confirmação do nome dele como candidato a vice de Serra.
Houve uma corrida ao Google para saber de quem se tratava

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