segunda-feira, 11 de novembro de 2024

DISPUTA PELA VICE DE LULA EM 2026 INCOMODA ALCKMIN E O PSB

 

Os rumores de que o MDB e o PSD podem ser chamados a compor a chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026 estão gerando desconforto no PSB e no vice-presidente Geraldo Alckmin. A reportagem do Valor aponta que Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a "frente ampla" que ajudou a levar Lula de volta ao poder, está atento às movimentações políticas em torno da próxima disputa presidencial.

O desempenho das eleições municipais, que consagrou o MDB e o PSD como os partidos com maior número de prefeitos eleitos, aliado ao fraco resultado das siglas de esquerda, reforçou a percepção de que uma composição com essas legendas pode ser essencial para viabilizar a reeleição de Lula. Contudo, lideranças do PSB, como o presidente do partido, Carlos Siqueira, e o prefeito do Recife, João Campos, que deve assumir a presidência da legenda em breve, afirmam que o PSB não abrirá mão da vice.

Em entrevista ao programa Roda Viva, João Campos advertiu que “se houver mudança [na vice], pode desagradar muita gente”. Alckmin, por sua vez, tem evitado comentar amplamente o tema, afirmando a interlocutores que a discussão é precoce e que a decisão caberá exclusivamente a Lula. Fontes próximas ao vice-presidente destacam que ele se sente confiante na relação com Lula, ao contrário do MDB, que ainda carrega o estigma do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.Carlos Siqueira destacou em declarações ao Valor que Alckmin teve um papel fundamental na eleição de Lula em 2022, quando formou a frente ampla que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro por uma margem estreita. Essa importância, segundo ele, não pode ser subestimada. Mais.

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