Os rumores de que o MDB e o PSD
podem ser chamados a compor a chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) para as eleições de 2026 estão gerando desconforto no PSB e no
vice-presidente Geraldo Alckmin. A reportagem do Valor aponta
que Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a "frente
ampla" que ajudou a levar Lula de volta ao poder, está atento às
movimentações políticas em torno da próxima disputa presidencial.
O desempenho das eleições
municipais, que consagrou o MDB e o PSD como os partidos com maior número de
prefeitos eleitos, aliado ao fraco resultado das siglas de esquerda, reforçou a
percepção de que uma composição com essas legendas pode ser essencial para
viabilizar a reeleição de Lula. Contudo, lideranças do PSB, como o presidente
do partido, Carlos Siqueira, e o prefeito do Recife, João Campos, que deve
assumir a presidência da legenda em breve, afirmam que o PSB não abrirá mão da
vice.
Em entrevista ao programa Roda
Viva, João Campos advertiu que “se houver mudança [na vice], pode desagradar
muita gente”. Alckmin, por sua vez, tem evitado comentar amplamente o tema,
afirmando a interlocutores que a discussão é precoce e que a decisão caberá
exclusivamente a Lula. Fontes próximas ao vice-presidente destacam que ele se
sente confiante na relação com Lula, ao contrário do MDB, que ainda carrega o
estigma do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.Carlos Siqueira destacou em
declarações ao Valor que Alckmin teve um papel fundamental na eleição
de Lula em 2022, quando formou a frente ampla que derrotou o ex-presidente Jair
Bolsonaro por uma margem estreita. Essa importância, segundo ele, não pode ser
subestimada. Mais.
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