terça-feira, 26 de julho de 2022

NO TEMPO DE ADOLFO DE "DONA XEPA"

 “Filósofo” do Sobradinho, frequentador do “Marrecu’s Bar”, o pintor Adolfo era casado com “Dona Xepa”, disputada vendedora de “cachorro quente” em dias de jogos no Joia da Princesa.

Ele se gabava de comandar só na família uma dúzia de votos e por isso era disputado por candidatos  a vereador em tempo de eleição.

Em 1982,  abraçou a candidatura de Albérico Novaes, médico do Fluminense e eterno dirigente do Mecânico, times do seu coração.

Logo também ficou simpático à postulação do advogado Arthur Caria o novo frequentador do Marrecão de Dona Zefa.

Em mais um fim de tarde, lá estava Adolfo no bar, numa roda de amigos, voz alta, fazendo juras ao advogado, sem notar que Albérico se aproximava.

Alertado por Filinto do Cartório e Gil da Ótica que participavam do bate papo,  Adolfo  abraçou Alberico e Caria a bradou levando todos ao delírio, inclusive os candidatos:

- 12 dividido por 2?...

 

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