O professor, radialista, membro do velho MDB, Lúcio Bonfim
Bastos Barreto, era tido como um grande
orador.
Companheiro de Lúcio, e
também emedebista, o irreverente José de Senna Lima confessa-lhe num dos muitos
encontros no “Boteco do Regi” que o deseja como orador no seu sepultamento.
Sempre gozador, cobra o impossível: ser testemunha – viva –
desse momento único.
Lúcio explica que não pode fazer isso, em face de ele, José
Lima, não ter morrido. Naquela segunda-feira, quase meio-dia no “Boteco do Regi”, José Lima convence Lúcio a
simular como seria o discurso.
Esparrama-se sobre a mesa do snoque e, com mãos entrelaçadas e olhos fechados,
ouve o orador.
No decorrer da fala de Lúcio, Afonso Martins e Ladinho Barreto (foto), tio e
pai do orador, e que sempre visitavam o boteco nas segundas-feiras interrompem o
“velório” suplicando:
- “Acaba o discurso Lúcio! Zé Lima não está se aguentando mais. Ele está chorando, de verdade...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário