Por Fernando Brito
Duro, mas irrespondível em suas razões o artigo de Celso Rocha
de Barros, hoje, na Folha, mostrando como Jair Bolsonaro tem lá a sua lógica
eleitoral, ainda que macabra, no seu desprezo pela morte de dezenas – e, logo,
uma centena – de milhares de brasileiros.
Os mortos, que já não votarão, talvez mobilizem suas famílias
e amigos, mas estes serão “apenas” alguns milhões. Para muitos mais, haverá
para culpar pela crise econômica aqueles que os tentaram salvar pelo
isolamento.
Por que não deveriam morrer? Afinal, eram – diz Bolsonaro –
velhos, doentes, inúteis, improdutivos, estorvos.
Eram também pais, avós, maridos, mulheres? E daí?
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