Por Fernando Brito
O governador, orgulhoso, diz que
seus “snipers” estão agindo “sigilosamente” (o novo nome de clandestinidade)
estourando cabeças de bandidos.
“Eles já estão sendo usados, só
não há divulgação. Quem avalia se vai dar o tiro na cabeça ou em qualquer outra
parte do corpo é o policial” diz ele a O Globo.
Naa manchete do jornal, resultado
da “política de segurança” deste enfrentamento: as milícias já estão presentes em 14 cidades do estado
e controlam 26 bairros do Rio. “Somente
no município do Rio, estão sob o jugo de milicianos, direta ou indiretamente,
cerca de 2,2 milhões de pessoas”, informa o jornal.
Compostas por policiais,
ex-policiais, agregando bombeiros militares e agentes penitenciários, elas
passaram, também a controlar o tráfico, além de uma lista que vai de controle
do transporte alternativo, venda do gás, tv a cabo e internet, agiotagem,
grilagem e contrabando de cigarros.
Como funcionam em promiscuidade
com o aparelho policial oficial, a raras ações feitas contra ela têm poucos
resultados e é evidente a “benção” que recebem e o dízimo que pagam aos agentes
do Estado.
O crime não é só um produto da
injustiça e da iniquidade social, nisso eles têm razão.
É um negócio, um grande negócio,
patrocinado hoje em dia tanto pelo governador quanto pelo Presidente da
República, que já disse que os milicianos seriam “muito bem-vindos”, dada a
incapacidade do estado de fazer cumprir a lei.
E como defender legalidade nas
operações policiais é “defender bandido”, matam-se os bandidos “selecionados”
para que o exército da milícia expanda seus lucros.
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