Por Fernando Brito
Sem o arbítrio de uma prisão sem julgamento definitivo, o
que qualquer democrata não pode apoiar, é correto que Michel Temer responda
pelos crimes de que é acusado.
São, agora, fatos determinados, operações executadas sob seu
comando, como o caso da mala de dinheiro de Rocha Loures e a admissão da
empresa de seu compadre numa obra de vulto, com a finalidade direta de para ele
amealhar dinheiro.
Se existirem provas, para além das delações que baseiam os
dois casos, que pague por seus atos.
Mas não dá para deixar de falar nos seus cúmplices
políticos, todos aqueles que tramaram para que Temer ascendesse à cadeira
presidencial e que desfilam por aí com uma enorme cara de pau, como se nada
tivessem a ver com isso.
Os colunistas da
grande imprensa, os comentaristas de televisão que louvavam suas habilidades
políticas, sua capacidade de articulação, seu controle sobre o Congresso não
cansaram de bater palmas para o caráter vil de quem conspirou, tramou nas
sombras, se uniu ao que de pior havia neste país para derrubar a Presidenta.
Michel Temer é um bagaço político de que se serviram e que,
agora, é descartado e desprezado pelos que o bajulavam. MAIS
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