Por Fernando Brito
Leonel Brizola costumava chamar a ação coordenada da grande
mídia de “Comando Marrom” , numa alusão ao Comando Vermelho, facção criminosa
outrora na ribalta, posto que hoje perdeu para sua congênere paulista – ou já
nacional – o Primeiro Comando da Capital que, segundo a Folha, expande-se à
velocidade de “um bandido por hora”.
Guardadas as diferenças do tipo de intimidação que mídia e
bandidagem fazem sobre a população, é possível dizer que, garantido o tempo de
televisão do “Centrão”, a estrutura dominante da mídia passa a desfechar
ataques mais violentos para tomar as áreas dominadas pelo ex-capitao Jair
Bolsonaro.
A ação do braço midiático de Geraldo Alckmin, que bem
poderia ser chamado de “Primeiro Comando
do Chuchu” já começou a ser vista nas capas das revistas semanais que foram às
bancas sábado e ontem. Época e Veja desfecharam uma ofensiva indignada contra
os absurdos que deixaram passar quase “quietos” durante anos. Ou com que, pelo
menos desde que o ex-capitão tomou o lugar de vice-líder nas pesquisas de
opinião, o que já lá vai tempo.
A Istoé, boletim extra-oficial do Governo Temer, enquanto
isso, publica uma foto de um Alckmin simpático, arregaçando as mangas como que
se prepara para endireitar o país. Nada de novo
perto das fotos que apresentavam Aécio Neves em feitio de Super-Homem.
A arma de grosso calibre, a Rede Globo, por enquanto o
ignora e só será em último caso, porque – e Bolsonaro sabe disso – tem efeitos
colaterais adversos. Aliás, o próprio candidato já mostrou qual será a sua
linha de resposta: elogiar a Globo pelo seu apoio à ditadura militar.
Geraldo Alckmin depende desesperadamente de que Bolsonaro
mingue.
Afinal, sua estratégia de campanha já foi batizada por
Fernando Henrique Cardoso ao falar de Michel Temer.
Alckmin “é o que temos, parte 2”.
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