Por Fernando Brito
Em 1935, Getúlio Vargas sancionou
a Lei Nº 108, estabelecendo que 1° de janeiro seria feriado nacional por conta
de ser consagrado ” à commemoração da fraternidade universal”, ainda com o M
duplo do português da época.
Quase um século depois, o cidadão
João Doria Jr. ainda não alcançou o “espírito da coisa” ao recuar, resmungando
grosserias, do “desbatismo” de um viaduto paulistano com o nome de Marisa
Letícia, falecida mulher do ex-presidente Lula.
Soltou nota dizendo que, por ser
a escolha de nomes homenageados em logradouros públicos uma prerrogativa da
Câmara Municipal, não do Prefeito, “apenas por isso (o nome aprovado pelos
vereadores será) respeitado pela administração municipal”.
Doria, que poderia ficar calado,
deixar que se fizesse uma abertura da via sem festejos oficiais e portar-se
como alguém que, de fato, respeita a decisão dos vereadores, não perdeu a
chance de fazer seu “marketing do malvado”.
Compreende-se que tenha
frustrações por não ter sido reconhecido como “o homem mais estúpido” do país,
posição que nem de longe ameaçou tomar de Jair Bolsonaro. Mas não precisava ter
descido a esta vileza, que o coloca como competidor daquele bobalhão do MBL que
virou péssima atração “turística” na Câmara Municipal.
O episódio do “batismo” do
viaduto que levará o nome de Marisa Letícia não teria importância alguma, uma
homenagem local que se perderia da memória e numa pequena placa.
Doria consegue, porém,
transformá-lo num monumento à estupidez.
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