segunda-feira, 2 de outubro de 2017

OS INDECOROSOS HOMENS DA LEI

Por Fernando Brito
É inacreditável o grau a que descemos em matéria de palhaçada e selvageria judiciária.
Fernando Limongi, no Valor, relata os “grandes momentos” de Suas Excelências. E lembra que  “o debate de alto nível, sobretudo no apreço com que os colegas se tratam e retratam, nada tem a ver com doutrinas, princípios e a Constituição”.
Marco Aurélio Mello “convoca” o Senado a derrubar a decisão de colocar Aécio Neves em “prisão domiciliar noturna”.
Gilmar Mendes, devolvendo a defesa da medida por Luís Roberto Barroso, diz que isso é “populismo constitucional” e, numa menção óbvia ao “colega” fala que há “tipos que a gente conhece e diz: ‘já vimos você rodar bolsinha’. (…) Ora, bolas. Vá catar em outra freguesia”.
E Barroso, em resposta disse que Gilmar tem uma “opinião política” e que ele, Barroso, não é “comentarista político”.
A forma com que se expressam é tão rastaquera quanto a discussão, ridícula, se “recolhimento domiciliar noturno” é ou não uma forma de prisão.

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