Por Fernando Brito
A matéria da Folha, assinada por Monica Bergamo, dizendo que
o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, atualmente na Espanha, acusa o
advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do
juiz Sergio Moro de ter pedido R$ 5 milhões para “melhorar” – ou seja, reduzir
– sua condenação e a multa de R$ 15 milhões.
Moro reagiu dizendo que acha “lamentável que a palavra de um
acusado foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas
infundadas sobre a atuação da Justiça”.
Mas Doutor, o senhor não acaba de usar a “a palavra de um
acusado, réu, condenado” para condenar Lula pela “propriedade” de um
apartamento que ninguém tem provas de que é dele?
Não seria assim, para usar a expressão “cognição sumária”
que o senhor tanto aprecia,
inverossímil que o tal Zuccoloto, seu habitué, padrinho de casamento,
integrante de um escritório de que sua mulher também foi sócia, tenha sido,
como o senhor admite, contratado para uma simples ” extração de cópias de
processo de execução fiscal por pessoa talvez ligada a Rodrigo Tacla Duran em
razão do sobrenome (Flávia Tacla Duran) e por valores módicos”? Ou seja, para
tirar xerox?
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