“…o Estado proibiu ao indivíduo o uso da injustiça, não
porque pretenda abolí-la, mas porque quer monopolizá-la, como o tabaco e o sal.
O Estado combatente permite a si toda a injustiça e toda a violência que
desonraria o indivíduo.”
Sigmund Freud-Considerações atuais sobre a guerra e a morte
(1915)
Em meio a uma crise e a uma sucessão de violências
inacreditáveis que supunhamos ter ultrapassado, vamos observando os movimentos
pusilânimes que fazem os partidos hoje no poder. Mas relembremos o alerta de
Freud no contexto da primeira grande guerra: “Na realidade, tais homens não
caíram tão baixo como temíamos, porque também não tinham subido tão alto, como
a seu respeito julgávamos.”
A total indiferença de supostos líderes cujos movimentos
rasteiros tem um único objeto: manter-se na área de influência e mando. Membros
do parlamento, representantes eleitos, ex-presidentes, ex-governadores
testemunham todos os dias brasileiros sendo massacrados, assassinados, mal
tratadas e humilhados mas não se importam, não empunham a palavra para
interceder, não reinauguram e nem interpretam a bestialidade dos discursos que
jogaram a nobreza da política para o esgoto do sem fundamento e do ganho
pessoal. Ao contrário são hoje eles os grandes promotores das violências que
explodem contra o corpo de brasileiros e brasileiras.
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