Por Fernando Brito
Parecem vãs as esperanças de Michel Temer em fazer “página
virada” do escândalo Geddel.
Ainda há muita lenha a queimar, seja na Bahia (onde o
ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência, estranhamente, não aparece
na lista de adquirentes que montaram o condomínio do luxuoso Condomínio La Vue)
ou, sobretudo, em Brasília.
O Estadão destaca que Padilha recebeu ordem de submergir,
até que os áudios gravados pelo ex-ministro Marcelo Calero venham à tona,
porque há quase certeza de que os termos usados pelo braço direito de Temer
sejam bem menos vagos que os dele e mais ainda os do secretário de Assuntos
Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.
Moreira Franco, sente o espaço e avança, mas é outro que,
como Geddel, está bem na fila de novos escândalos.
O MP estranha não ter recebido os áudios de Calero mas, a
esta altura, só um tolo acreditaria que não há “cópias de segurança” colocadas
sob a guarda de quem não vai entrar no jogo perigosíssimo de fazem com que
sumam ou que se as edite.
O essencial, porém, já se estabeleceu: Michel Temer perdeu a
blindagem pessoal que lhe dava a mídia.
Sem este guarda-chuva, seu telhado é de vidro.
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