do BOL, em São Paulo
Em maio deste ano, Silvonei de Jesus Souza, de 35 anos, foi
preso por hackear o celular de Marcela Temer e extorquir a primeira-dama para
que não vazasse fotos íntimas e áudios. De acordo com informações do Buzz Feed
Brasil, ele será julgado nas próximas semanas e pode pegar até 15 anos de
prisão.
Réu primário, Silvonei está detido no presídio de Tremembé,
no interior de São Paulo, para onde foi transferido sem o conhecimento de seu
advogado, segundo a reportagem, numa tentativa de evitar o assédio da imprensa.
O processo corre em segredo de justiça.
Segundo o Buzz Feed, Silvonei exigiu R$ 300 mil para não
vazar o material. Pessoas que afirmam ter tido acesso a imagens dizem que não
se trata de nudez, mas que a primeira-dama aparece diante de um espelho de
roupa íntima. Ao falar de fotos, no entanto, os autos referem-se apenas a
imagens dela com o marido e o filho.
Silvonei conseguiu invadir o celular após comprar, numa rua
do centro de São Paulo, um CD pirata com os dados sigilosos e telefones das
pessoas. Ele clonou o celular de Marcela, um número de São Paulo, invadiu sua
conta de WhatsApp e entrou em contato com Karlo, irmão de Marcela Temer, e
aplicou um golpe ao se passar por ela e conseguir R$ 15 mil para uma suposta
reforma.
Ao se darem conta do golpe, Michel Temer, então
vice-presidente, pediu ajuda a Geraldo Alckmin (PSDB), que acionou o então
secretário de segurança pública de São Paulo, Alexandre de Moraes. Sem alarde,
o secretário acionou a Divisão Anti-Sequestro (DAS) e os dados bancários do
correntista usado por Silvonei para receber R$ 15 mil depositados pelo irmão de
Marcela Temer foram o ponto de partida da investigação que levou à prisão do chantagista.
No dia 11 de maio, véspera de Temer ser empossado presidente
interino, foram presos Silvonei, a mulher e mais duas pessoas. Alexandre de
Moraes tornou-se ministro da Justiça do novo governo.
De acordo com o Buzz Feed Brasil, o processo de Silvonei de
Jesus Souza já está pronto para ser julgado pela juíza Eliana Cassales de Melo,
da 30ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Faltam apenas serem anexados
alguns laudos. Tanto a defesa quanto a acusação já entregaram suas alegações
finais.
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