Polícia Federal faz operação contra vereador Wellington Andrade e candidato Pastor Pedro
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (30), a
Operação Simão, que visa coibir crimes eleitorais que estavam ocorrendo no
município de Feira de Santana, na campanha para o pleito do próximo domingo.
Aproximadamente 40 Policiais Federais cumprem nove mandados de condução
coercitiva e oito de busca e apreensão na cidade.
Entre os conduzidos estão o candidato a vereador
pastor Pedro (PSC), da Igreja Quadrangular, e o vereador candidato à reeleição
Wellington Andrade (PSDB). A Polícia Federal não divulga nomes de envolvidos.
Os nomes citados foram levantados pela reportagem do site Acorda Cidade.
As investigações iniciaram há cerca de um mês, a
partir de requisição do Ministério Público Eleitoral, que noticiou haver
informes da captação ilícita de votos por parte de um candidato a vereador
vinculado a uma igreja evangélica. O candidato e o grupo a ele vinculado
estariam cadastrando eleitores fiéis da igreja, com a promessa de abençoá-los,
e “amaldiçoavam” aqueles que se recusavam a fornecer seus dados constantes do
título eleitoral.
Durante as investigações constatou-se que a prática
ia bem além do cadastramento de eleitores e a promessa de bênção ou maldição. A
mesma incluía também a distribuição de gêneros alimentícios em comunidades
carentes, a fim de arregimentar eleitores, chegando-se, ainda, à identificação
de um esquema de favorecimento na marcação de exames e consultas médicas pelo SUS àqueles que prometiam seu voto ao
candidato. Também foi identificada a
prática da venda de votos em lote por parte de uma liderança comunitária local,
fato este envolvendo outro candidato à Câmara Municipal.
Os investigados responderão pelos crimes previstos
nos artigos 299 e 334 do Código Eleitoral, que preveem penas de prisão, multa,
e até mesmo cassação dos registros de candidatura. O nome da operação, “Simão”,
vem do codinome utilizado pelos policiais para se referir ao principal
investigado, uma referência ao Apóstolo de Jesus Cristo.
A pena é detenção de seis meses a um ano e cassação
do registro se o responsável fôr candidato.
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