Por Fernando Brito
Caiu hoje o segundo ex-futuro-ministro de Michel Temer.
Roberto Brant, ministro da Previdência de Fernando Henrique
Cardoso e que faria bis no cargo no governo golpista.
E porque caiu?
Simplesmente porque disse o mesmo que Temer já havia escrito
meses atrás: que seria estabelecida a
idade mínima de 65 anos para a aposentadoria (tanto para homens quanto para
mulheres) e que seriam retiradas, para todas as faixas, as indexações dos
reajustes dos proventos.
Mas então o que fez de errado Brant para virar uma espécie
de Viúva Porcina ao contrário – o que não foi nem será, sem nunca ter sido?
Uma coisa simples: falou.
Não é para falar. Não é para as pessoas simples entenderem,
não é para o povo compreender.
O documento de Temer se destinava apenas aos empresários, ao
mundo das finanças, aos que acham que o único bom destino do dinheiro do Estado
é o pagamento de juros aos rentistas. Tudo o mais é déficit.
E Brandt falou.
Como, antes dele, Mariz de Oliveira falou que a Lava jato
era arbitrária.
Tanto Brant quanto Mariz, claro, conversaram com Temer, cada
um sobre um assunto.
Nada disseram que não correspondesse ao pensamento do chefe.
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