Por Fernando Brito
Os repórteres do Estadão que registram hoje em manchete o
anúncio do genocídio social pretendido pelo Governo Temer poderiam ter ofendido
um pouco menos a inteligência de seus distintos leitores.
Dizer que o Governo Temer fará “a expansão do sistema de
proteção social para os 10 milhões de brasileiros que compõem os 5% mais pobres
deve ser feita por meio do Bolsa Família, que seria mantido” quando, a seguir,
informa que o programa atende hoje 14 milhões de famílias (50 milhões de
pessoas) é um deboche cruel como poucas
vezes li em letra de forma.
Até porque, adiante, fica claro que os 40 milhões de
bolsistas a menos, na visão (devo dizer visão sobre algo vindo dessa gente?) do
PMDB, vão ficar por conta do mercado: “Para o PMDB, a camada situada acima do
limite de 5% até o de 40% mais pobres está “perfeitamente conectada à economia”
e deve ter benefícios com uma eventual retomada da atividade econômica”.
Há outras questões, que abordarei a seguir, como o Minha
Casa, Minha Vida e o pré-sal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário