quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ALCKMIN, UM GOVERNO OBSCURANTISTA

Por Luis Nassif

A notícia de que o governador Geraldo Alckmin irá acabar com a CEPAM (Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal) e com a Fundap, é o fecho de uma política obscurantista que passou a dominar São Paulo nas últimas décadas.

Começou no primeiro governo Mário Covas. Houve o esvaziamento de várias instituições mas imaginava-se que passageiro, enquanto se completava o ajuste fiscal.

Com a ascensão de Geraldo Alckmin e, depois de José Serra, completou-se o quadro de desmanche. Fundações estaduais foram aparelhadas - da mesma maneira que os tucanos apontam para os petistas no âmbito federal.

Serra colocou apaniguados na USP, no Instituto Butantã, no Memorial da América Latina, na Fundação para o Desenvolvimento da Educação. No caso do FDE, mudou totalmente sua missão - a de construir e reformas escolas - para que pudesse adquirir assinaturas de revistas e compras milionárias da empresas amigas. Tirou o brilho da OSESP (Orquestra SInfônica do Estado de São Paulo), do Conservatório de Tatuí, da Universidade Livre de Música, dos institutos de pesquisa. E Alckmin completou o desmonte, com uma visão administrativa anacrônica até para cidades de interior.


Mais do que nunca a gestão das cidades, os modelos administrativos avançam no mundo todo, tornando as pesquisas e o planejamento peças cada vez mais centrais nas administrações públicas. O fechamento das duas instituições se faz sob o silêncio cúmplice do Estadão, certamente com o velho Júlio Mesquita remoendo na tumba: o jornal criado pelo grupo político que montou a USP é cúmplice do maior assassinato intelectual da história do Estado.

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