Autor: Fernando Brito
É muito curioso o que ocorre quando a política, em lugar de
se dar como emanação de um processo social, passa a viver à base de jogadas,
truques de esperteza e arranjos de marketing.
Não que eles não possam ser bem sucedidos, como foram, por
exemplo, na eleição de Fernando Collor, em 89, quando se tratava, antes e acima
de tudo, de não permitir a eleição de um favorito de esquerda, primeiro Leonel
Brizola e, a seguir, Luís Inácio Lula da Silva, separados por ínfimo meio por
cento no primeiro turno.
Antes que digam que estou comparando Marina Silva a Collor,
digo que não vejo a menor semelhança entre ambos, exceto a arrogância.
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