Janio de Freitas
(Folha)
Aí estão os dias finais de uma campanha feia. Antecipada por
Eduardo Campos e Aécio Neves, que em maio já tinham atitudes eleitoreiras, nos
cinco meses até agora não deixou nem um só instante de brilho pessoal ou de
criatividade política. Não é menos notável que, em se tratando de candidaturas
à Presidência, também não aparecesse nem uma só proposta capaz de distinguir-se
do que tem composto o palavrório trocado entre oposições e governos.
Em compensação, não faltou grossura. Desde sua queda na
pesquisa anterior à de agora, Marina Silva consumiu muito das oportunidades de
atração eleitoral com o discurso de vítima na campanha baseada em ataques. É
claro que algum efeito o tiroteio político sempre produz, em quem é alvo e no
atirador. Mas ninguém sai desta campanha na condição de devedor de ataques aos
adversários diretos. E daí vem uma ameaça às eleições futuras.
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