É um contrassenso o telejornalismo da TV Globo embarcar no discurso deturpado de criticar gastos públicos com o evento, quando as empresas do grupo são praticamente sócias da Fifa no empreendimento
por Helena Sthephanowitz
É estranha a bipolaridade do noticiário, e mesmo de
programas de variedades, da TV Globo com relação à Copa do Mundo. Ao mesmo
tempo em que critica politicamente o evento, a exploração comercial em negócios
junto à Fifa vão muito além dos direitos televisivos.
A Globo Marcas é quem licencia para a Fifa "com
exclusividade ao mercado", segundo o site da empresa, a fabricação e venda
de bugigangas, como bonecos, camisas, bolas, malas, itens para a casa,
brinquedos e outros, "além de garantir a distribuição desses produtos a
todo o Brasil e todos os públicos, através de canais independentes de varejo,
lojas oficiais e loja virtual".
Ou seja, cada uma dessas bugigangas vendidas, paga royalties
para a Fifa e comissão para a Globo Marcas.
Outra exploração comercial é das Fan Fests da Fifa (festas de rua, com telões, shows e pontos de vendas de produtos). O evento é gratuito para o público, mas conta com patrocinadores, inclusive prefeituras das cidades-sede que bancam a montagem das estruturas. Várias dessas festas tem a produção das Organizações Globo. Logo, é um contrassenso o telejornalismo da TV Globo embarcar no discurso deturpado de criticar gastos públicos com o evento, quando as empresas do grupo são praticamente sócias da Fifa no empreendimento. MAIS
Evento é gratuito, mas conta com patrocinadores. Várias das Fan Fests tem a produção das Organizações Globo



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