Autor: Miguel do Rosário
A decisão do PSB de Eduardo Campos de se aliar à Geraldo
Alckmin (PSDB) em São Paulo, e a Lindberg Farias (PT), no Rio, ambos candidatos
a governador, confundiu a cabeça de analistas.
Entretanto, nada melhor para estimular um analista do que
uma confusão desse tipo. Permitam-me, portanto, dar alguns pitacos sobre o
significado desse movimento.
Minha primeira impressão é que o fator determinante para
esse “jogo duplo” de Eduardo Campos, de ter um pezinho em ambos os lados do
tabuleiro, é o fiasco, até o momento, de sua aliança com Marina Silva.
Quando Campos anunciou, meses atrás, a entrada de Marina em
sua chapa, lembro-me que comentei algo assim: é genial, é brilhante, mas talvez
tenha sido genial demais, brilhante de demais. E citei um verso de Bezerra da
Silva, o filósofo das favelas cariocas: “malandro quando é malandro demais,
vira bicho”.
“Bicho”, na gíria carioca (já um pouco fora de uso), quer
dizer fora-da-lei, mas também pode ter um significado mais leve, tipo: pessoa
desagradável, incômoda, mal vista, antissocial.
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