Por Luis Nassif
O Brasil é um país com várias camadas arqueológicas. Tem o
país dos novos mercados, das novas tecnologias, de uma sociedade civil pujante,
de novos movimentos nascendo ao largo das velhas instituições, de novos
direitos sociais sendo reconhecidos pela sociedade e pelo Supremo Tribunal
Federal, novas políticas sociais amparando de minorias raciais a pessoas com
deficiência.
Ao mesmo tempo, é o país anacrônico, com manchas de trabalho
escravo mas, principalmente, com um ranço insuperável, fruto da herança
coronelística da Velha República, da visão de compadrio do "homem
cordial", que não aceita nenhuma forma de mediação dos poderes que não
passe pelo seu poder de arbítrio.
Só isso para explicar as críticas anacrônicas da parte da
mídia aos decretos da Presidente da República instituindo a Política Nacional
de Participação Social, formalizando diversos conselhos para ampliar a
participação social nas políticas públicas.
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