O pior analfabeto é o analfabeto midiático.
Por Celso Vicenzi
Ele ouve e assimila sem questionar, fala e repete o que
ouviu, não participa dos acontecimentos políticos, aliás, abomina a política,
mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo.
Prega ideias preconceituosas e discriminatórias, e interpreta os fatos com a
ingenuidade de quem não sabe quem o manipula. Nas passeatas e na internet, pede
liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do
aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas –
na era da informação instantânea de massa – são muito influenciadas pela manipulação
midiática dos fatos. Não vê a pressão de jornalistas e colunistas na mídia
impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet
– a anunciar catástrofes diárias na contramão do que apontam as estatísticas
mais confiáveis. Avanços significativos são desprezados e pequenos deslizes são
tratados como se fossem enormes escândalos. O objetivo é desestabilizar e
impedir que políticas públicas de sucesso possam ameaçar os lucros da
iniciativa privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos
políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país. AQUI
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