Por: Fernando Brito
Que discurso pode descrever melhor do que esta foto do
Ricardo Stuckert o significado da reunião, ontem, que marcou o in´cio da
organização da campanha de reeleição?
Podem escrever mil artigos, dizendo que um chia, que o outro
critica, e que reclamam, discordam, divergem.
Em que, além do que é normal e saudável entre dois seres
humanos?
A imagem tem a força, a sinceridade, a capacidade de
convencimento que só o que é muito sólido e uno é capaz de ter.
Não é uma aliança, é uma unidade.
Lula e Dilma sabem que sequer pertencem a si mesmo,
pertencem ao povo brasileiro e a ele, só a ele, devem vassalagem e obediência.
Porque não é apenas um causa, este danado do povo
brasileiro, porque não é uma teoria.
É gente, riso, carne, choro, grito, suor, música, amor,
trabalho.
Repare como isso se incorporou ao rosto de Lula e como já se
infiltrou no rosto antes sempre severo de Dilma.
Não são atores teatrais, como a gente vê tantos outros.
São atores sociais, que representam camadas e camadas
sucessivas de brasileiros que sonharam tanto em ter, um dia, dirigentes que
olhassem por eles, com eles, como eles.
Os idiotas pretensiosos acham que isso é idolatria, como
acharam que era com Getúlio e outros, depois.
Não, é simbologia, é a encarnação humana, pessoal, em gente
dos desejos que a gente tem e dos que nem sabe que tem, mas tem.
É isso, essa força do povo, que não é bruta, que não é má,
que não é triste o que as nossas elites não conseguem ter, porque são vaidosos
e egoístas.
São mesquinhos.
Sei que amanhã, na falta do que falar vão fixar dizendo: oh,
mas uma reunião política na residência oficial da Presidência…
Não vou me dar ao trabalho de buscar e listar as dezenas ou
centenas delas que fizeram Aécio Neves no Palácio das Mangabeiras ou Eduardo
Campos no Campo das Princesas.
Não vou estragar a magia deste instante, que tem tanto
significado que merece que façam silêncio para ser entendido em tudo o que
representa.
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