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1ª regra do debate: Lula é Dilma; Dilma é Lula
O pessoal da central antiboatos do PSDB pode ser preparar, porque o título do Estadão – Dilma treina falas curtas, Serra evita imagem arrogante – pode fazer com que muita gente acredite que o tucano não vai comparecer ao debate: afinal, Serra não parecer arrogante é algo que só pode acontecer se ele não aparecer…
1ª regra do debate: Lula é Dilma; Dilma é Lula
O pessoal da central antiboatos do PSDB pode ser preparar, porque o título do Estadão – Dilma treina falas curtas, Serra evita imagem arrogante – pode fazer com que muita gente acredite que o tucano não vai comparecer ao debate: afinal, Serra não parecer arrogante é algo que só pode acontecer se ele não aparecer…
Mas, brincadeiras à parte, será um momento importante – embora de pouca repercussão eleitoral direta, porque a audiência não será, ainda, muito alta – para Dilma Rousseff, especialmente. Ela terá pela frente três desafios, na minha opinião. O comportamental, o político e o da polêmica.
A primeira coisa, a meu ver, que deve ser lembrada é o eixo político e mental desta campanha, que tenho frisado aqui: Lula é Dilma e Dilma é Lula. Este é o princípio de tudo, a primeira coisa que deve ser transmitida ao telespectador. Todos devem ser avisados de que, embora os seus adversários não vão – talvez à exceção de Plínio de Arruda Sampaio que, apesar de suas posições equivocadas, é um homem que diz o que pensa – agredir diretamente Lula, o que vão dizer contra Dilma é o que gostariam de dizer contra Lula e não têm coragem eleitoral de fazer, diante da popularidade do presidente.
Essa é a marcação de território inicial a ser feita, com clareza, simplicidade e, até, humildade. Dilma deve lembrar que ela está ali porque Lula a escolheu, e a escolheu pelo desempenho e fidelidade com que participou oito anos de seu Governo. E que, embora esteja consciente de que a responsabilidade de Governo será sua, vai contar, como principal conselheiro de sua administração com o homem que, durante oito anos, mostrou que o Brasil pode ter mais justiça, mais progresso, mais emprego, mais salário.
Enfim, Dilma não deve dar ouvidos a qualquer marqueteiro que diga que ela precisa mostrar personalidade própria, antes de tudo. Isso virá naturalmente, com as respostas, a polêmica, o entrechoque. Ela a tem, não precisa se preocupar em mostrar. Se o fizer de forma deliberada, corre o risco de parecer arrogante. Mas a verdade, essa força invencível, é o que deve se ressaltar: Lula é Dilma e Dilma é Lula.
Não seria de todo mau ter na algibeira aquelas declarações do “antigo” Serra, de que Lula está acima do bem e do mal”.
A segunda é a linha de questionamento do “disse que ia fazer X e só fez Y”, sobretudo em relação às obras do PAC. Na impossibilidade de provar que já fez alguma coisa – talvez só o Rodoanel – “com mais de R$ 1 bi do Governo Federal, não é, Governador?” – a tática e Serra – Serra vai querer mostrar o tal “pode mais” que é o mote e sua campanha.
Modestamente, sugiro que Dilma mostre apenas e maneira sucinta os números das realizações, porque a televisão não se presta muito à fixação de dados e se prenda apenas aos números relativos a salário, emprego, consumo. E aí bata impiedosamente: ” o senhor se lembra daqueles “aposentados vagabundos dos quais falava o ex-presidente Fernando Henrique. O senhor sabia que estamos pagando a eles mais R$ 20 bilhões esta semana, por um reajuste que não estava nos planos da área econômica mas que, por sensibilidade social o Presidente Lula mandou pagar, contra a vontade dos técnicos”?
E o argumento mortal sobre o pode mais: “a reforma da casa está demorando porque o inquilino anterior deixou ela destruída”.
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