Está no Blog de Josias de Souza
Onda de otimismo impulsiona desempenho de Dilma
Um devorador de estatísticas do PSDB se debruçou sobre o relatório da última pesquisa Sensus, divulgada nesta segunda (23).
Identificou no documento uma “onda de otimismo” a embalar o brasileiro. Atribui ao fenômeno a principal causa do crescimento de Dilma Rousseff.
Considera-o mais preocupante para a oposição do que o fato de José Serra ter perdido 14,7 pontos percentuais no intervalo de um ano.
Os números que chamaram a atenção do especialista tucano constam da página número 5 do relatório do instituto Sensus.
Estão assentados num quadro que revela a expectativa do eleitor em relação a temas diretamente relacionados ao seu cotidiano.
O noticiário deu atenção zero a esse pedaço da pesquisa. Um erro, na opinião do analista do PSDB.
Os pesquisadores do Sensus perguntaram ao eleitor, por exemplo, o que ele acha que vai acontecer com o emprego.
Em setembro, 59,6% dos pesquisados diziam que a situação iria melhorar nos próximos seis meses. Agora, esse índice foi a 62%.
Questionados sobre a “renda mensal”, 61,6% dos pesquisados disseram que a coisa vai melhorar. Em setembro, o índice era menor: 56,6%.
Sobre educação: 62,5% dos eleitores declararam que a situação do setor vai melhorar nos próximos seis meses. Em setembro, 57,9% davam a mesma resposta.
Mesmo nas áreas de saúde e segurança pública, que costumam inspirar mais críticas do que elogios, houve oscilação para o alto.
Em setembro, 53,8% dos eleitores achavam que haveria melhorias na saúde. Agora, o índice dos otimistas oscilou para 55,3%.
Em relação à segurança, 48,2% diziam em setembro que o quadro experimentaria melhora nos seis meses seguintes. Na nova pesquisa, o índice subiu para 52,2%.
Eis a conclusão do mastigador de pesquisas tucano: tomados em conjunto, esses dados tendem a favorecer a candidata de Lula.
Acha que o otimismo do brasileiro, por latente, joga água no moinho da continuidade, mola propulsora do projeto Dilma-2010.
O analista, que falou ao blog sob a condição do anonimato, atribuiu pouca importância aos índices dos candidatos.
Afirma que, a um ano da eleição, o retrato do que vai na alma do eleitor é mais relevante do que o percentual de intenção de votos.
De resto, avalia que a perspectiva de retomada do crescimento da economia vitaminará ainda mais a atmosfera benfazeja que rodeia Dilma.
O que a oposição deveria fazer? Segundo o tucano afeiçoado a estatísticas, não há senão a alternativa de fixar contrapontos a Dilma.
Algo que depende da definição da peleja interna travada entre Serra e Aécio Neves e da formulação de um programa alternativo ao de Lula.
Propostas sólidas, não intenções genéricas. Considera essencial que a oposição diga o que vai manter e o que vai modificar caso retorne ao Planalto.
De resto, acha que é vital desarmar a armadilha plebiscitária que Lula acomodou no caminho da oposição.
Como fazer? Repisando à exaustão a tecla de que a disputa de 2010 não será um duelo entre Lula e FHC.
Por quê? Além considerar a era Lula melhor do que o ciclo FHC (76%), o eleitor mantém nas alturas a aprovação do presidente (78,9%) e do governo dele (70%).
Pior: 49,3% declaram que não votariam num presidenciável apoiado por FHC. De novo, o PSDB teria de levar rapidamente um candidato à vitrine.
Para o analista tucano, a demora facilita a vida de Lula. Não havendo um candidato oficial da oposição, o presidente pode continuar centrando fogo em FHC, arrastando-o para o ringue.
Escrito por Josias de Souza
Um devorador de estatísticas do PSDB se debruçou sobre o relatório da última pesquisa Sensus, divulgada nesta segunda (23).
Identificou no documento uma “onda de otimismo” a embalar o brasileiro. Atribui ao fenômeno a principal causa do crescimento de Dilma Rousseff.
Considera-o mais preocupante para a oposição do que o fato de José Serra ter perdido 14,7 pontos percentuais no intervalo de um ano.
Os números que chamaram a atenção do especialista tucano constam da página número 5 do relatório do instituto Sensus.
Estão assentados num quadro que revela a expectativa do eleitor em relação a temas diretamente relacionados ao seu cotidiano.
O noticiário deu atenção zero a esse pedaço da pesquisa. Um erro, na opinião do analista do PSDB.
Os pesquisadores do Sensus perguntaram ao eleitor, por exemplo, o que ele acha que vai acontecer com o emprego.
Em setembro, 59,6% dos pesquisados diziam que a situação iria melhorar nos próximos seis meses. Agora, esse índice foi a 62%.
Questionados sobre a “renda mensal”, 61,6% dos pesquisados disseram que a coisa vai melhorar. Em setembro, o índice era menor: 56,6%.
Sobre educação: 62,5% dos eleitores declararam que a situação do setor vai melhorar nos próximos seis meses. Em setembro, 57,9% davam a mesma resposta.
Mesmo nas áreas de saúde e segurança pública, que costumam inspirar mais críticas do que elogios, houve oscilação para o alto.
Em setembro, 53,8% dos eleitores achavam que haveria melhorias na saúde. Agora, o índice dos otimistas oscilou para 55,3%.
Em relação à segurança, 48,2% diziam em setembro que o quadro experimentaria melhora nos seis meses seguintes. Na nova pesquisa, o índice subiu para 52,2%.
Eis a conclusão do mastigador de pesquisas tucano: tomados em conjunto, esses dados tendem a favorecer a candidata de Lula.
Acha que o otimismo do brasileiro, por latente, joga água no moinho da continuidade, mola propulsora do projeto Dilma-2010.
O analista, que falou ao blog sob a condição do anonimato, atribuiu pouca importância aos índices dos candidatos.
Afirma que, a um ano da eleição, o retrato do que vai na alma do eleitor é mais relevante do que o percentual de intenção de votos.
De resto, avalia que a perspectiva de retomada do crescimento da economia vitaminará ainda mais a atmosfera benfazeja que rodeia Dilma.
O que a oposição deveria fazer? Segundo o tucano afeiçoado a estatísticas, não há senão a alternativa de fixar contrapontos a Dilma.
Algo que depende da definição da peleja interna travada entre Serra e Aécio Neves e da formulação de um programa alternativo ao de Lula.
Propostas sólidas, não intenções genéricas. Considera essencial que a oposição diga o que vai manter e o que vai modificar caso retorne ao Planalto.
De resto, acha que é vital desarmar a armadilha plebiscitária que Lula acomodou no caminho da oposição.
Como fazer? Repisando à exaustão a tecla de que a disputa de 2010 não será um duelo entre Lula e FHC.
Por quê? Além considerar a era Lula melhor do que o ciclo FHC (76%), o eleitor mantém nas alturas a aprovação do presidente (78,9%) e do governo dele (70%).
Pior: 49,3% declaram que não votariam num presidenciável apoiado por FHC. De novo, o PSDB teria de levar rapidamente um candidato à vitrine.
Para o analista tucano, a demora facilita a vida de Lula. Não havendo um candidato oficial da oposição, o presidente pode continuar centrando fogo em FHC, arrastando-o para o ringue.
Escrito por Josias de Souza
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