O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva busca um arranjo político para anunciar o pacote de cortes de gastos do
governo, que está em sua terceira semana de discussões e cuja tendência é que
só seja proposto ao Congresso após a Cúpula do G20. Além de medidas já
ventiladas como mudanças nos pisos de Saúde e Educação e no seguro-desemprego,
o Executivo avalia alterações na regra de reajuste do salário mínimo.
De acordo com auxiliares, o
presidente tem a preocupação de que o pacote inclua medidas que atinjam todos
os setores da sociedade e não fiquem restritas à parcela mais pobre da
população. Por isso, os militares foram chamados a contribuir, além de haver a
possibilidade de inclusão de medidas de taxação de “super-ricos” no pacote.
A elaboração de um discurso para
justificar o plano é um dos motivos que tem levado à demora para a apresentação
das propostas. O Planalto quer evitar desgaste junto à base de eleitores que se
mostra mais fiel ao governo em pesquisas. Uma outra iniciativa já tomada pelo
governo dentro desse objetivo de calibrar o discurso político para o anúncio é
evitar nas manifestações oficiais a palavra “corte” e optar por “ajuste”. Mais.
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