sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

BOLSONARISTAS CHORAM, REZAM E ABANDONAM QG DO EXÉRCITO APÓS DISCURSO

 

Quando Jair Bolsonaro falou na live que "o mundo não acaba em 1º de janeiro", seus apoiadores acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília, interpretaram que não haverá intervenção —e Lula será empossado no domingo (1º). A afirmação foi encarada como um endosso da decisão de jogar a toalha.

Todos estavam cabisbaixos. As pessoas amontoadas ao redor das caixas de som balançaram a cabeça ou blasfemaram. Alguns saíram de perto e desistiram de continuar ouvindo.

Os mais decepcionados choraram e houve quem ajoelhasse. O clima era um misto de decepção e apatia. Também teve quem defendeu que ele não entregou os pontos —mas esse grupo foi minoria.

O acampamento da sede do Exército fica numa praça em frente ao quartel-general. Há uma escada apelidada de arquibancada pelos manifestantes. Ali o público crescia conforme as rodinhas em volta das caixas de som diminuíam.

Uma mulher sentou desolada e abaixou a cabeça para que a aba do boné escondesse o choro. Ao final do pronunciamento, silêncio. Apenas uma mulher falou ao microfone que a causa golpista "não está perdida" e que "era lógico que Bolsonaro não anunciaria um plano de intervenção". Mais.

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