Os velhos cajueiros estavam mudos.
Não traziam mais a alegria que sempre nos presenteavam
generosamente.
Os seus galhos retorcidos eram pontos de interrogação.
Perguntavam pela presença de sempre.
As ervas com suas flores vermelhas, ao balançar do vento,
eram como os olhos buscando em redor e nada encontrando.
Até o velho pé de maracujá estava com flores roxas, em sinal
de luto.
(Promessa – Feira Hoje, agosto de 1979)
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