quarta-feira, 31 de março de 2021

NO TEMPO DO GUARDA AMORZINHO

Casado com Dona Rosa, Antônio Santiago Maia, o Guarda Amorzinho da Prefeitura era dono do barzinho em frente ao Emec, que atraia a militância do velho MDB e outros fregueses.

Ele, elegante, corpo em forma, cabeleira forrada de brilhantina glotora, “grande” caçador e pescador.

Ela, quase não se cuidava, o peso sempre acima do normal, gostava mesmo era fazer a melhor maniçoba da cidade e servir traíra sem espinhas.

Amorzinho sente um mal estar, quase tem um troço, mas só depois de muita luta a turma consegue levá-lo ao médico, ali mesmo no Emec.

Depois de medicado Amorzinho quebra o silencio e cobra:

- “Vamos, doutor! O que é que eu tenho?”

O médico não titubeia. É enfático:

- “O senhor, “seo” Antônio Santiago, vai ter que largar o cigarro, deixar a bebida e evitar comer gordura!”

Amorzinho reage causando risos no Pronto Socorro:

- Tudo bem doutor! Cigarro e bebidas não são problemas.  Mas quem vai comer Rosa?


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