quinta-feira, 25 de junho de 2020

O DESABAFO DE MONSENHOR GALVÃO



Presidente da parte religiosa da Festa de Santana de 1979, Antônio Ramos, o poeta “Ramos Feirense”,  anunciou que as baianas não participariam  da procissão solene.
“Ninguém vai impedir”, foi a imediata de “Mãe” Socorro que já há alguns  anos formava no préstito com suas filhas de santo.
A “guerra mais ou menos santa” como definiu  o jornal Feira Hoje, culminou com a renúncia do presidente e chegou a dividir as autoridades religiosas.
O bispo Dom Silvério se posicionou do lado de Ramos ao afirmar no “Feira Hoje”:
- “A procissão é um ato litúrgico e não passeata, não é pagode nem folia”.
Ouvindo pelo mesmo jornal, Monsenhor Galvão apostou no sucesso  religioso e profano da festa que “é grande para que pequenos incidentes venham deslustrar o brilhantismo”.
E terminou a entrevista com um desabafo:
- A festa não depende do padre, não é do padre, não é de ninguém; é do povo, que cresceu demais  para se preocupar com um episódio como um fio de cabelo que cai na sopa...


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