Por Fernando Brito
O editorial de hoje do jornal O Globo certamente teve três
leitores atentos: Sergio Moro, Luciano Huck e João Doria.
O primeiro, vivendo o dilema de ser ainda o candidato da
Globo à sucessão presidencial e de estar autoamarrado a um governo que reage ao
império dos Marinho que, por todas e mais algumas razões, não pode combatê-lo
por estar em absoluta sintonia com as políticas econômicas de Brasília.
O ex-juiz de Curitiba é tratado como até aqui invulnerável,
embora atingido com força pela manutenção do “juiz de garantias” no projeto
aprovado pelo Congresso:
(…)o juiz de garantias foi colocado no projeto de lei em
retaliação ao ex-juiz Sergio Moro, por sua atuação na Lava-Jato. A prova é que
PP e PT, centrão e a esquerda, alvos atingidos na Lava-Jato, estiveram juntos
na empreitada.
O movimento que levou a esta manobra foi impulsionado pelo
vazamento de diálogos supostamente ilegais entre Moro e procuradores da
Lava-Jato, Deltan Dallagnol à frente. As mensagens não valem como prova, por
terem sido obtidas de forma criminosa. Nem sua divulgação atingiu a imagem de
Moro, o ministro mais popular do governo — mais que o presidente, em fase de
perda de sustentação na opinião pública.
Merval Pereira, em sua coluna necessariamente patronal,
completa a tese do “Moro 2022, sem Mito”. MAIS
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