Nessa, nem o boa-praça e bonachão Jorge Bastos Moreno, que
acredita em vazamento de Michel Temer e em espírito de estadista no Traíra do
Tietê, conseguiu crer.
É que Eduardo Cunha enviou-lhe um desmentido à matéria em
que se descreve que ele estaria tentando – e conseguindo, ao que se sabe –
emplacar peças-chave no governo de usurpação.
A ação de Cunha para derrubar Dilma, claro, foi movida pelo mais puro espírito cívico.
A indicação de seus ex-advogados para a área de assuntos
jurídicos da Casa Civil e para o próprio Ministério da Justiça é mera
coincidência.
Sua trêfega tropa de choque – “Por Deus e pelos meus
filhinhos” – está satisfeita e se
contentará com uma foto com o presidente do golpe, com uma dedicatória.
“Eternamente seu, Michel”.
Vocês, desgraçados materialistas, não conseguem perceber a
plenitude e o alcance do amor.
Eduardo Cunha, como um monge, irá deixar-se imolar no
Supremo Tribunal Federal.
Dirá: Temer, meu amor, seja feliz, meu sacrifício será a sua
liberdade. De ti, nada quero, senão que não sejas a salvação do Brasil e me
arranje alguns contratos novos, porque aqueles com o Fernando Baiano deram
xabu.
Ah, Moreno, só você mesmo, com sua crédula candura, para
transformar o dia 30 em Primeiro de Abril.
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