Ministro da Aviação Civil admitiu que o PMDB sofre pressões
internas para adotar uma postura independente no Congresso, mas ressaltou que a
legenda tem "responsabilidade com a governabilidade; segundo ele, as
pressões não envolvem, porém, todo o partido; "A minoria que faz mais
barulho"; sobre a reforma política, o ministro avaliou que "se fosse
responsável pela concepção, começaria vendo as secretarias"
31 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 16:19
Reuters - O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse
nesta segunda-feira que o compromisso do PMDB é com a governabilidade, ao
questionado em encontro de empresários se o partido deixará a base do governo
da presidente Dilma Rousseff.
"É inegável que existe pressão interna no PMDB para que
o partido se proclamasse independente... Mas temos tido responsabilidade com a
governabilidade... É o compromisso do PMDB por ter o vice-presidente e vários
ministros", afirmou o ministro, que é do PMDB, a jornalistas em São Paulo.
Padilha apontou que tais pressões seriam minoritárias,
avolumando-se ocasionalmente, e que "é a minoria que faz mais
barulho".
O ministro acrescentou que o partido não deve deixar o
Conselho Político e que, se ele "continuar merecendo confiança",
continuará no conselho sem participar da articulação política diretamente.
Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer deixou o
"dia a dia" da articulação política do governo, afirmando que seguirá
na coordenação política, mas "formatada de nova maneira".
Sobre a possibilidade de ser novamente nomeado ministro com
a reforma administrativa do governo federal que promoverá o corte de
ministérios, Padilha ressaltou que a decisão cabe à presidente Dilma e que ele
já possui experiência "vasta".
"Se eu fosse responsável pela concepção, começaria
vendo as secretarias e integraria, por exemplo, no Ministério dos Transportes
ou criaria um novo", disse ele.
(Reportagem de Priscila Jordão)
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