O fracasso de Babilônia marca o
fim da tevê como a conhecemos
Paulo Nogueira
A Globo vive num regime de
autoilusão, como se pode verificar pela entrevista com o diretor-geral Carlos
Schroder publicada pela Folha.
Perguntaram a Schroder sobre o
fiasco da novela Babilônia, que dias atrás cravou 17 pontos no Ibope em São
Paulo, um extraordinário recorde negativo na trajetória das novelas da Globo.
Schroder achou vários culpados.
O primeiro deles, naturalmente, é
o povo brasileiro, “mais conservador” do que as pessoas imaginam.
Depois, ele citou uma novela da
Record e outra do SBT.
Admitiu, ligeiramente, que alguma
coisa na trama “não funcionou”.
Schroder só não tocou na maior razão
do fracasso: o declínio veloz da televisão como mídia na Era Digital.
Rapidamente, a tevê como
conhecemos caminha para o mesmo local reservado a jornais e revistas: o
cemitério.
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