Por Luis Nassif
O factoide protagonizado pela advogada Beatriz Catta Preta é
significativo para se entender a próxima etapa do jogo do impeachment.
Beatriz trabalhava no escritório do ex-procurador, ex-desembargador
Pedro Rotta, já falecido. Uma breve pesquisa na Justiça Federal indicará que
Rotta provavelmente foi o recordista na concessão de habeas corpus para grandes
traficantes. Uma breve investigação sobre os bens que ficaram em nome da viúva
mostrará parte da sua carreira jurídica.
Como procurador, Rotta foi transferido para São Paulo por
Golbery do Couto e Silva para resolver os problemas do Banco Cidade com a
justiça. Posteriormente, tornou-se desembargador do TRF3. Foi através do
escritório de Rotta que Beatriz conheceu seu futuro marido, processado por
falsificação de dólares.
Ela é peça central para entender o jogo da Lava Jato. Por
que razão uma advogada criminal pouca conhecida, que transitava apenas pelo
baixo submundo do crime, se tornou advogada de todas as delações? Quais seus
contatos anteriores, para se tornar o canal entre os detidos e a força tarefa e
o juiz Sérgio Moro? Quem bancava seus honorários, se não eram os detidos? E
porque os detidos se valeram apenas dela para aceitar o acordo de delação?
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