Paulo César Pinheiro, João Nogueira e Mauro Duarte - os
compositores mais ligados à Clara - deixaram, como testamento, uma singela
homenagem a ela em forma de samba:
“Um dia / Um ser de luz nasceu / Numa cidade do interior / E
o menino Deus lhe abençoou / De manto branco ao se batizar / Se transformou num
sabiá / Dona dos versos de um trovador / E a rainha do seu lugar
Sua voz então a se espalhar / Corria chão / Cruzava o mar /
Levada pelo ar / Onde chegava espantava a dor / Com a força do seu cantar
Mas aconteceu um dia / Foi que o menino Deus chamou / E ela
se foi pra cantar / Para além do luar / Onde moram as estrelas / E a gente fica
a lembrar / Vendo o céu clarear / Na esperança de vê-la, sabiá
Sabiá / Que falta faz sua alegria / Sem você, meu canto
agora é só / Melancolia / Canta meu sabiá, / Voa meu sabiá, / Adeus meu sabiá /
Até um dia”
Trinta anos após sua morte, a obra de Clara Nunes permanece
viva, forte e inspiradora.
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