Declaração do ministro Ricardo Lewandowski, que assumirá a presidência
do Supremo Tribunal Federal (STF) em março, dada ao blogueiro Eduardo
Guimarães, colunista do 247, é uma crítica ao modo como o atual presidente da
Corte, ministro Joaquim Barbosa, tem conduzido certas discussões, como o
julgamento da Ação Penal 470, o mensalão; Barbosa, que caiu no samba no Rio na
última segunda-feira de 2013, mesmo alegando falta de tempo para mandar prender
o réu confesso Roberto Jefferson, deve antecipar sua aposentadoria do Supremo,
assim que Lewandowski assumir, para dar prosseguimento a seu projeto
político-eleitoral
1 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 11:57
247 - Prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal
Federal (STF) em março, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou ao blogueiro
Eduardo Guimarães, em um telefonema no último dia do ano, que crê "que os
rumos da Justiça brasileira serão corrigidos". Na defesa de teses no
Supremo, Lewandowski é o que mais se contrapõe às decisões do atual presidente,
o ministro Joaquim Barbosa. Também reclama, com frequência, da forma autoritária
como Barbosa encaminha certas questões.
Ao dizer que pretende corrigir os rumos da Justiça,
Lewandowski faz uma crítica clara e objetiva ao atual presidente, que fez do
julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, seu possível trampolim para uma
carreira política. O comentário serve também de crítica a forma como Barbosa
encaminhou as prisões dos condenados na ação, priorizando os petistas,
colocando-os em regime diverso ao que determinou as decisões (em regime fechado
ao invés do semiaberto), e deixando livres réus confessos, como Roberto
Jefferson, que assumiu ter administrado R$ 4 milhões para o caixa 2 do PTB.
Quando houver a mudança de comando na Suprema Corte, o atual
presidente deve antecipar sua aposentadoria para não ser presidido pelo colega
Lewandowski e também para dar prosseguimento a seus projetos eleitorais.
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