As manifestações contra o aumento das tarifas de transporte urbano, que se iniciaram em Porto Alegre e agora se disseminam por todo o Brasil, tem sido marcadas não somente pela violência física durante os atos. Fora das avenidas e ruas tomadas pela população descontente, a violência continua sendo exercida de maneira simbólica: a grande mídia, o senso comum, e algumas autoridades têm se referido aos manifestantes como “baderneiros”, “vândalos” e outros qualitativos, construindo a imagem de um inimigo, muito semelhante ao processo que foi feito durante a ditadura civil-militar: a construção do “subversivo”.
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